Hipotireoidismo desde o nascismento
Quando o bebê já nasce com a tireoide produzindo pouco hormônio, recebe o diagnóstico de hipotireoidismo congênito. É a forma mais comum de retardo mental que se pode prevenir e chega a acometer um em cada 2000 recém-nascidos. O rastreamento e tratamento apropriados são de extrema importância nesta condição.
Problemas na tireoide são a principal causa
A maioria dos casos é esporádica e causada por más-formações ou ausência da tireoide. Outros 15 por cento tem causas genéticas como problemas na produção do hormônio tireoidiano.
Sintomas no momento do nascimento são pouco frequentes
Como o hormônio tireoidiano da mãe pode cruzar a placenta, a grande maioria dos recém nascidos não apresenta sintomas logo após o parto. Raramente, os bebês com hipotireoidismo congênito apresentam letargia, movimentos lentos, choro rouco, problemas com a alimentação, intestino preso, língua grande, corpo mole, hérnia umbilical, pele seca, baixa temperatura e icterícia (“amarelão”).
O teste do pezinho é fundamental para o diagnóstico
O rastreamento é simples e pode ser feito através do teste pezinho. Quando este primeiro exame dá alterado, o bebê deve fazer exames complementares de sangue para confirmar o diagnóstico.
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível
Como o bom funcionamento da tireoide é indispensável para o desenvolvimento neurológico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico. Este consiste no uso de hormônio tireoidiano via oral e na maioria das vezes é mantido indefinidamente.
Referência:
1- LaFranchi S. Clinical features and detection of congenital hypothyroidism. UpToDate.
Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS
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