domingo, 21 de dezembro de 2014

Teste do monofilamento e pé diabético

Na avaliação dos pés do paciente diabético, usamos um monofilamento de 10 gramas para testar a sensibilidade à pressão em 12 pontos (6 em cada pé), onde mais comumente ocorrem úlceras (feridas). A perda de sensibilidade ao monofilamento em qualquer um dos pontos eleva o risco de úlceras nos pés. O teste é simples, rápido, barato e muito informativo. Abaixo, figura com os pontos a serem avaliados pelo médico endocrinologista.

Fonte: UpToDate OnLine


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 3 de setembro de 2020.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Avaliação oftalmológica do paciente com diabetes

Segundo a Associação Americana do Diabetes (ADA), todo paciente com diabetes deve fazer avaliações regulares da retina. A retina é a camada mais interna do olho, responsável em transformar a luz visível em impulsos nervosos que serão transmitidos ao nosso cérebro. O diabetes pode causar danos na retina, ou retinopatia, levando à perda da visão e cegueira.
A avaliação oftalmológica recomendada é a seguinte...



Diabetes mellitus tipo 1: primeira avaliação 5 anos após o diagnóstico. Se não houver sinais de retinopatia, a avaliação poderá ser refeita a cada 2 anos.

Diabetes mellitus tipo 2: primeira avaliação no momento do diagnóstico. Se não houver sinais de retinopatia, a avaliação poderá ser refeita a cada 2 anos.

Gestantes com diabetes pré-gestacional: mulheres com diabetes que engravidaram devem avaliar o fundo do olho já no primeiro trimestre da gestação. Conforme os achados, o médico oftalmologista definirá o melhor seguimento, que costuma ser feito de perto já que existe risco de progressão rápida da doença na retina durante a gravidez.


Referência:
1- American Diabetes Association. 11. Microvascular Complications and Foot Care: Standards of Medical Care in Diabetes-2020. Diabetes Care 2020; 43:S135.


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 9 de agosto de 2020.

Avaliação da retina do diabetes tipo 2

Diferentemente do diabetes mellitus tipo 1, pacientes com diabetes mellitus tipo 2 já devem ser encaminhados ao médico oftalmologista para avaliação do fundo do olho no momento do diagnóstico. Diferentes estudos (figura abaixo) mostram que 10 a 20% das pessoas com diabetes tipo 2 já têm problemas na retina no momento do diagnóstico! Fica a dica...

Fonte: UpToDate OnLine




Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 9 de agosto de 2020.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Onze passos do monitoramento do paciente com diabetes mellitus

O diabetes mellitus é uma doença crônica, isto é, não tem cura. Toda doença crônica precisa ser monitorada para que se evite progressão e complicações. Os cuidados a seguir são essenciais:


1- Aconselhamento a abandonar o cigarro: todo paciente com diabetes fumante deve ser abordado em TODAS as consultas sobre os malefícios do tabaco, além de ser incentivado a abandonar este hábito.

2- Pressão arterial: deve ser medida em toda consulta e mantida abaixo de 120-130/80 mmHg.

3- Exame do fundo do olho: nos pacientes com diabetes tipo 2, deve ser feito no momento do diagnóstico. No diabetes tipo 1, cinco anos após o diagnóstico. Este exame poderá ser repetido a cada 1 ou 2 anos dependendo dos achados. Intervalos menores podem ser necessários conforme orientação do médico oftalmologista.

4- Exame dos pés: deve ser realizado anualmente. Caso se observe alguma normalidade, o exame será repetido a cada nova visita.

5- Exame odontológico: todo paciente com diabetes deve procurar o dentista pelo menos uma vez ao ano. A doença periodontal, apesar de não ser mais frequente, é mais grave no diabetes.

6- Avaliação do perfil lipídico: exames do colesterol e triglicerídeos devem ser realizados anualmente.

7- Hemoglobina glicada: um dos parâmetros mais importantes, mostra o controle da glicose do paciente com diabetes. Deve ser realizado em intervalos de 3 a 6 meses, dependendo do caso.

8- Albuminúria: o exame de urina que mostra dano inicial nos rins deve ser feito no momento do diagnóstico em pacientes diabéticos tipo 2 e cinco anos após o diagnóstico em pacientes diabéticos tipo 1. Caso esteja normal, deverá ser repetido anualmente.

9- Creatinina: a avaliação da função dos rins deve ser realizada anualmente ou com maior frequência se houver indicação.

10- Vacinação: o paciente com diabetes deve estar vacinado para pneumonia, gripe, hepatite B e tétano. É importante avaliar o calendário vacinal.

11- Educação: o aprendizado é contínuo. A cada nova consulta, dúvidas devem ser sanadas e novas habilidades ensinadas para melhorar o autocuidado e a qualidade de vida.

Referência:
1- Wexler DJ. Overview of general medical care in nonpregnant adults with diabetes mellitus. UpToDate.

Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 3 de agosto de 2020.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Pipoca, uma boa pedida!

Pipoca - simples e saudável!

Em matéria de lanches rápidos, a boa e velha pipoca apresenta uma série de benefícios. Para começar, a pipoca é rica em fibras, e isto, além de ajudar no funcionamento do intestino e na saciedade, também ajuda a diminuir o risco de problemas no coração e nos vasos sanguíneos. Outra vantagem: a parte branca da pipoca é formada por um tipo de carboidrato chamado de amido resistente. Este tipo de amido é de difícil digestão, o que faz da pipoca um alimento de baixo índice glicêmico, ou seja, que eleva lentamente os níveis de glicose (açúcar) no sangue, podendo ser consumida sem maiores preocupações por pacientes com diabetes. Além disso, estudos demonstram que a pipoca concentra uma série de substâncias antioxidantes que ajudam a combater o envelhecimento celular e a fortalecer o sistema imunológico. Mas atenção! As versões para microondas costumam ter muito sal e gordura. Logo, a dica é preparar sua pipoca à moda antiga, na panela mesmo, com um fiozinho de óleo. Cuidado também para não abusar na quantidade, já que 100 gramas de pipoca têm quase 400 calorias!


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
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Texto revisado em 16 de julho de 2020.

Quilos a mais podem estar associados a redução do volume cerebral

Dados de um estudo australiano evidenciaram que o excesso de peso pode estar associado à redução do volume cerebral em pessoas com mais de 60 anos. Após múltiplas análises, os pesquisadores puderam verificar que quanto maior o índice de massa corporal menor era a região hipocampal do cérebro. A atrofia do hipocampo é um marcador de perda cognitiva, isto é, pacientes com redução desta região podem desenvolver problemas de memória, no humor e demência.
Como o estudo avaliou apenas o tamanho do hipocampo, os próprios pesquisadores sugerem que mais pesquisas devam ser feitas para avaliar se ocorre disfunção desta área do sistema nervoso central com os quilos a mais.

Fonte: Medscape



Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
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Santa Maria - RS
https://drmateusendocrino.com.br

Texto revisado em 16 de julho de 2020.

domingo, 16 de novembro de 2014

Medindo corretamente a circunferência abdominal

Circunferência abdominal ajuda a refinar a avaliação clínica

Algumas vezes o peso ou o próprio índice de massa corporal (IMC) não nos passam informações 100% confiáveis com relação aos riscos associados ao excesso de peso. Por exemplo, um rapaz que faça exercícios de musculação regularmente pode estar acima do peso pelo simples fato de possuir mais massa muscular. Nesses e em outros casos, podemos lançar mão da medida de circunferência abdominal.

Imagem: UpToDate

Medindo corretamente a circunferência abdominal

A circunferência abdominal é uma medida simples, mas que agrega informações sempre que um paciente tem IMC de até 35 kg/m². Para que esta medida seja válida, é importante que seja realizada de maneira correta. Vamos aos passos:
- a fita usada para a medida não deve ser deformável, isto é, não pode esticar.
- o paciente deve se posicionar em pé, com a coluna ereta (ver figura).
- a fita deve passar logo acima do osso do quadril e paralela ao solo (ver figura).
- a medida deve ser feita no final da expiração, isto é, após se soltar o ar dos pulmões.
Os valores considerados elevados são 102 centímetros ou mais para homens e 88 centímetros ou mais para mulheres.

Fonte: UpToDate


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
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Texto revisado em 8 de julho de 2020.