terça-feira, 28 de novembro de 2017

Seguimento dos nódulos tireoidianos benignos

Felizmente, mais de 90 por cento dos nódulos de tireoide são benignos. Após a PAAF (punção aspirativa com agulha fina), com o diagnóstico citológico em mãos, a observação do comportamento do nódulo através de exames de imagem seriados é a principal forma de manejo.



A maioria dos pacientes com nódulos benignos não necessita de cirurgia. No entanto, o procedimento pode ser considerado quando existem sintomas compressivos ou comprometimento estético do pescoço. A injeção de álcool no interior do nódulo também pode ser utilizada em alguns destes casos. Já o tratamento supressivo com hormônio da tireoide, antigamente utilizado para tentar reduzir o tamanho dos nódulos, é muito pouco eficaz, logo não é recomendado.
Geralmente, repetimos a ecografia da tireoide dentro de 12 meses após a punção. Caso o nódulo não tenha modificado suas características, o exame pode ser repetido dentro de 2 anos. Nódulos grandes exigem menor intervalo entre as ecografias.
Pequenas modificações entre um exame e outro são esperadas. Porém, uma nova punção deve ser realizada quando o nódulo cresce (mais de 50% no seu volume ou mais de 20% em pelo menos duas dimensões de pelo menos 2 milímetros), surge alguma alteração suspeita na ecografia ou o paciente desenvolve sintomas atribuíveis à lesão.
A risco de uma lesão classificada como benigna em uma primeira punção se mostrar maligna em uma segunda PAAF é menor que 1 por cento. Este dado tranquiliza e mostra que nódulos benignos podem ser seguidos apenas através de monitorização na maioria dos casos.

Fonte: Diagnostic approach to and treatment of thyroid nodules - UpToDate On Line

Dr. Mateus Dornelles Severo
 Médico Endocrinologista
Doutor em Endocrinologia
CREMERS 30.576 - RQE 22.991

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