sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Comunicado importante sobre "modulação hormonal"

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia alerta à população que a chamada “modulação hormonal”, divulgada como terapia antienvelhecimento, não tem comprovação científica e não é recomendada pelos endocrinologistas.

As terapias hormonais substitutivas só se justificam nos casos de deficiências hormonais comprovadas laboratorial e clinicamente. As modificações dos níveis de hormônios que ocorrem normalmente com o envelhecimento só devem ser tratadas quando se acompanham de queixas compatíveis com a carência hormonal em questão.


Referência:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia



Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS


Texto revisado em 18 de outubro de 2020.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Sedentarismo mata mais que obesidade

Estudo de pesquisadores do Reino Unido publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition evidenciou que não fazer atividades físicas regularmente pode ser mais perigoso para saúde do que estar acima do peso. Cerca de 330 mil homens e mulheres foram acompanhados por mais de 12 anos. Após as análises, constatou-se que a falta de exercícios físicos tira duas vezes mais vidas que a obesidade. Os autores do estudo sugerem que a partir de 20 minutos de atividades físicas por dia, o risco de morte começa a reduzir, mas recomendam que as pessoas não se limitem a este mínimo.
É muito importante que interpretemos corretamente as informações acima. O excesso de peso e a obesidade continuam sendo problemas que merecem ser combatidos. No entanto, ficar parado, principalmente para quem é magro, pode ser tão ou mais perigoso que os quilos extras.

Fonte: Medscape



Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 27 de setembro de 2020.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A ecografia na avaliação dos nódulos de tireoide

A ecografia ou ultrassonografia é um dos exames mais importantes na avaliação dos nódulos de tireoide. Através deste exame de imagem, informações sobre a natureza da lesões da tireoide podem ser observadas, como tamanho, contornos e vascularização. Abaixo seguem duas listas de achados ecográficos que se associam a um risco maior e menor de câncer, respectivamente.




Achados ecográficos associados a um maior risco de câncer:

1- nódulo hipoecoico
2- presença de microcalcificações
3- vascularização no centro do nódulo
4- margens irregulares
5- halo incompleto
6- nódulo mais "alto" do que "largo"
7- crescimento documentado em pelo menos 2 exames


Achados ecográficos associados a um menor risco de câncer:

1- nódulo hiperecoico
3- vascularização na periferia do nódulo
4- aspecto espongiforme
5- sombra acústica em cauda de cometa

Observação: nenhum desses achados isolados ou em conjunto é capaz de determinar se um nódulo é maligno ou benigno. A ecografia serve para respaldar a decisão de ser investigar mais ou menos profundamente um nódulo de tireoide.


Referência:
1- Blum M. Overview of the clinical utility of ultrasonography in thyroid disease. UpToDate.


Para saber mais...

Vídeo: Ultrassom de tireoide - o que significa hipoecoico, isoecoico e hiperecoico



Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 27 de setembro de 2020.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Pressão alta e hormônios: quem deve investigar aldosteronismo primário?

Chamamos de aldosteronismo primário a produção autônoma e excessiva do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais, localizadas uma em cima de cada rim. A aldosterona em excesso pode levar a quadros de pressão alta de difícil controle, logo, alguns pacientes merecem investigação para esta doença. São eles:

Rins e glândulas adrenais.

Rins e glândulas adrenais.


1- hipertensos com potássio baixo em uso ou não de diuréticos.

2- hipertensos graves (pressão arterial maior que 150/100 mmHg).

3- hipertensos refratários, isto é, pacientes que estão com a pressão alta apesar de estarem usando pelo menos três medicamentos.


5- hipertensos com apneia do sono.

6- hipertensos com história familiar de hipertensão ou derrame cerebral antes dos 40 anos de idade.

7- hipertensos com familiares de primeiro grau com diagnóstico de aldosteronismo primário.

8- hipertensos com fibrilação atrial.

Qualquer paciente com pressão alta que se enquadre em pelo menos um dos critérios acima deve fazer o exame de rastreamento com dosagem da aldosterona e atividade da renina plasmática no sangue.


Referência:
1- Young WF. Diagnosis of primary aldosteronism. UpToDate.


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS


Texto revisado em 6 de setembro de 2020.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cereais integrais reduzem o risco de morte

Menor risco de morte por doenças cardiovasculares e por qualquer causa

Artigo publicado na revista médica JAMA trouxe mais dados positivos sobre o consumo de cereais integrais. Neste estudo, foram avaliados mais de 100 mil indivíduos por até 26 anos. Cada porção de cereais integrais consumida diariamente foi associada com uma redução de 5% no risco de morte por qualquer causa e de 9% no risco de morte por doenças cardiovasculares.



Substituir uma porção de refinados por integrais já traz benefícios

Os pesquisadores também estimaram qual seria o benefício em substituir uma porção de cereais refinados por integrais (por exemplo, substituir o pão branco pelo pão integral): 4% de redução no risco de morte por qualquer causa e 8% de redução no risco de morte.


Baixos índice glicêmico e micronutrientes são a chave

Segundo os autores, o efeito benéfico dos cereais integrais se deve a sua menor capacidade em elevar rapidamente os níveis de açúcar no sangue, além da presença de nutrientes benéficos como magnésio, vitaminas e fitoquímicos.
Fica a dica para viver mais e com o coração mais saudável: prefira os integrais!

Fonte: Medscape


Dr. Mateus Dornelles Severo
Médico Endocrinologista titulado pela SBEM
Doutor e Mestre em Endocrinologia pela UFRGS
CREMERS 30.576 - RQE 22.991
Santa Maria - RS

Texto revisado em 6 de setembro de 2020.